segunda-feira, agosto 31, 2009

Parada!


Faz algum tempo que parei.
Parei para entender os porquês da vida;
Parei para olhar o passado,
Parei enfim, para olhar dentro e mim.

Em todo o tempo que passou,
Fiz sangrar muitas feridas,
Fiz chorar muitas amigas,
Mas dei água ao meu coração.

As vezes, penso que estou curada.
Que nada, quando vejo,
Lá volta a malvada,
Da dor da incompreensão.

Quando penso nas pessoas,
Vejo minha tenra infância,
E nada melhor me soa,
Do que apenas sentir a fragrância.

Estranho é sentir medo,
Daquilo que nem sei,
De tudo ao mesmo tempo,
E até de perder a emoção.

Faz algum tempo que parei,
Parei para respirar e me dar vida,
Parei para buscar a cura,
De tanta, tanta ferida.

terça-feira, agosto 25, 2009

Pé no chão; pé flutuante; pé no chão....


Ser alguém pé no chão não é tão fácil assim, assim eu pensava....
Sempre achei que flutuar, suspender-se, pairar sobre o ar é uma situação metaforicamente mais próxima de um ser humano desconectado.
Por este motivo sempre mantive meus dois pés bem cravadinhos no chão. Durante toda minha vida, meu coração saltava alto, cada vez que uma idéia sobrevoante passava em minha frente e eu ali, firme, fazia como se não fosse comigo, com os dois pezinhos no chão.
Hoje, passado tempo, chegada a doença e o entendimento dela, percebo a realidade do que é ser alguém pé no chão.
Aprendi com a meditação que nossa mente é povoada de pensamentos e que não exercemos controle sobre eles. Ou seja, não damos um descanso para nossa mente e desta maneira ela não consegue discernir, se direcionar até mesmo para nossas decisões.
Da mesma maneira é o respirar. Entre a inspiração e a expiração existe um breve momento de pausa. Neste momento permitimos que o oxigênio que chegou aos pulmões pela inspiração seja absorvido, para então excretarmos o gás carbônico e posteriormente expirar. É uma pausa, para metabolização, para entendimento, para proporcionar ao nosso corpo algo saudável.
Neste contexto compreendo e acrescento à expressão pés no chão:
Ser uma pessoa pé no chão é permitir-se. Permitir-se tirar o pé do chão, entrar em contato com o sutil.
Experimente uma vez. Eleve o pé direito, projete-o para frente, inspire profundamente, sorria, sonhe, seja feliz. No próximo momento de uma pausa. Esta pode ser de um ou de mil compassos, com quiser.
Agora devagar permita que seu pé direito se direcione ao chão para frente em um lugar diferente de onde ele estava anteriormente. Repita o procedimento com o pé esquerdo.
Não é obrigatório optar pela direção da frente, você pode levar seu pé ao lado, ao outro lado, para trás, como preferir. Apenas faça o movimento, permita-se...
Agora aplique isto em sua vida e seja alguém pé no chão; pé flutante; pé no chão; pé flutuante...
Surpreendente não? Desta maneira estamos caminhando, mudando de lugar.
Simples assim. Afinal quem tem os dois pés no chão, não sai do lugar.

segunda-feira, agosto 17, 2009

Amo-te por amor a mim....

Amo-te por amor a mim, sim...
Pois se a mim não amasse,
de nada adiantaria
Meu ser querer o teu,
Meu coração bater por ti,
Minha alma clamar a tua...


Amo-te por amor a mim, sim....
Pois se assim não fosse
No fundo não te amaria
Amaria algo que faltasse em mim,
Ou até algo que sobrasse em ti,
Mas nada que me levasse
a intangível experiência de amar verdadeiramente


Amo-te por amor a mim, sim...
Pois veja só, como poderia te amar assim,
Sem o amor que tenho por mim?
Como amaria tua alma, se a minha não fosse calma?


Amo-te por amor a mim, sim...
Pois de outra maneira não haveria,
Como meu ser encontrar a felicidade,
Em alguém tão completo e pleno,
Como é meu coração sereno.


Por te amar, assim
De um amor tão por mim
Que te amo completo.
Consigo amar todo teu ser,
Consigo querer todo querer
Querer que há dentro de mim,
Querer que há dentro de ti.

sábado, agosto 08, 2009

Quando eu morrer, voltarei para buscar os instantes que não vivi junto ao mar...


Conforme o tempo passa mais me dou conta de que a vida é como o mar. De beleza infinita, cores e encantos.
Conforme a onda nasce, as expectativas vêm com ela e, como que por encanto, a onda ganha força de tamanha magnitude que todo o mar se empenha em seu movimento.
A onda então cresce, ganha força...
No momento em que toda a energia é concentrada, em que todo o mar está envolvido, a onda estoura, por muitas vezes destruindo coisas ao seu redor, machucando, exterminando.
Porém, do arrebentar da onda vem o repuxo, que contrai e recolhe, tudo o que sobrou para só então reordenar, reciclar, retirando pedaços que não servem mais, limpar, purificar.
A partir deste momento nossa nova onda começa a renascer, concentrando energias e esforços de todo o oceano.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Mulher fuxiqueira...




Hoje descobri que muito quero de fuxico. Tecido alinhavado, puxado e costurado. Um a um eles vão compondo a nova tela. Flores, cores, desenhos, seja o que for.... Apenas seja sem se importar com o que for, apenas veja, sem se importar em que cor.